Na última década, as instituições financeiras internacionais (IFIs) foram convocadas pelos seus países membros com mais freqüência que nunca, para atender crises financeiras, ajudar governos em meio a reformas sócio-econômicas e ajudar os países pobres a encontrarem novas formas de desenvolvimento e de crescimento.
O Fundo Monetário Internacional (FMI), o Grupo do Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento participaram desses esforços, que variavam do tratamento de crises financeiras no México, na Ásia e em outras partes, até o auxílio para que países estatizados se movessem rumo à economia de mercado e a viabilização da redução da dívida das nações mais pobres.
Isso ocorreu à medida que se transformavam os próprios mercados globais de capital. O capital privado agora flui pelo mundo em quantidades e variantes sem precedentes, com parte dele indo para os países em desenvolvimento que até então vinham buscando os mercados privados em vão.
Ao mesmo tempo, aumentaram os questionamentos sobre a eficácia das instituições no atendimento dos desafios financeiros globais, suas estruturas, prioridades, abordagens fundamentais e sua flexibilidade.
Como estão se saindo as instituições financeiras internacionais no desenvolvimento do seu trabalho em face desses novos desafios e oportunidades? Qual deverá ser o papel do FMI? As crises financeiras são inevitáveis ou as ações das IFIs tornaram-nas mais freqüentes? De que forma o Banco Mundial e os bancos regionais de desenvolvimento modificam suas operações para serem mais eficazes no novo ambiente?
Existem grandes diferenças de opiniões sobre essas questões. Podemos antecipar uma discussão pública desses temas à medida que o novo governo Bush desenvolve suas políticas sobre instituições financeiras internacionais ao longo dos próximos meses. Esperamos que os pontos de vista dos especialistas representados nesta edição de Perspectivas Econômicas ajudem a esclarecer as questões.
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