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Revista eletrônica do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Vol. 6, No. 3, Setembro de 2001

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COMO COMBATER A POBREZA GLOBAL

photo of working poor around the globe

O percentual da população mundial que vive na pobreza caiu sensivelmente ao longo das últimas décadas. Ainda assim, como a população global total aumentou, o número absoluto de pobres permaneceu inalterado em cerca de 1,2 bilhões, apesar de numerosas iniciativas bilaterais e multilaterais de combate à pobreza. A questão enfrentada pelos elaboradores políticos é como fornecer assistência ao desenvolvimento de forma que seja eficaz com relação ao custo e beneficie diretamente os pobres.

Um tema comum para os artigos apresentados nesta Publicação, "Como Combater a Pobreza Global", é que a assistência externa ajudará a reduzir a pobreza somente no contexto de políticas apropriadas (mecanismos orientados para o mercado que incentivem o investimento privado, boa governabilidade, comércio liberalizado e investimentos em capital humano) nos países que recebem auxílio. Por fim, os autores argumentam que a redução da pobreza precisa ser orientada para o aumento da produtividade, ganhos de rendimentos e maior crescimento econômico.

Os países mais bem sucedidos na redução da pobreza, escreve o secretário do Tesouro dos EUA Paul O'Neill, são aqueles que adotaram gerenciamento econômico apropriado, incentivaram o investimento privado e o livre comércio e promoveram boa governabilidade e o estado de Direito. O'Neill incentiva concessões de doações maiores e mais dirigidas pelas instituições financeiras internacionais; tema também abordado pelo professor Adam Lerrick, da Universidade Carnegie Mellon, que argumenta que uma mudança para doações adicionais não esgotaria os recursos do Banco Mundial, como acusam alguns críticos da idéia.

A segurança alimentar e a redução da fome dependem, entre outras coisas, da definição dos direitos de propriedade para pequenos fazendeiros, tecnologia e fornecimento de redes de segurança social aos mais vulneráveis às reformas econômicas, afirma a secretária de Agricultura dos Estados Unidos, Ann Veneman. O economista do Instituto Cato Ian Vásquez também destaca a questão de direitos de propriedade, bem como a correlação entre liberdade econômica e redução da pobreza.

O desenvolvimento da participação do país em nova rodada global de negociações comerciais que reduz as barreiras nas economias industriais e emergentes apresenta tremendo potencial para a redução dos custos de vida em países em desenvolvimento, desencorajar a corrupção e conduzir à melhor qualidade de vida para os pobres, escreve o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, Alan Larson. O diretor-gerente do FMI Horst Köhler também considera o comércio fundamental para a redução da pobreza e incentiva assistência técnica maior e melhor coordenada pelo FMI, Banco Mundial e outros doadores para apoiar as estratégias de redução da pobreza na África.

Andrew Natsios, administrador da Agência Norte-Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), descreve as prioridades de redução da pobreza da sua agência para o futuro: desenvolvimento agrícola, apoio à microiniciativa, educação de mulheres e meninas e pesquisa e tratamento da Aids e outras doenças.

A publicação também inclui colaborações de John Sullivan, diretor executivo do Centro para a Iniciativa Privada Internacional, sobre a importância da boa governabilidade e transparência na promoção do desenvolvimento; David Satterthwaite, do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, sobre por quê é importante compreender as diferenças entre a pobreza rural e urbana; e da professora Susan Martin, da Universidade de Georgetown, sobre como as remessas de dinheiro dos trabalhadores estão apresentando impacto positivo sobre o desenvolvimento de economias nacionais.

A publicação conclui com relações de indicadores de pobreza e remessas de dinheiro dos trabalhadores em países selecionados, leituras adicionais sobre a pobreza, contatos importantes e sites na Internet, além de um gráfico que exibe onde e em quais setores é gasto o auxílio ao desenvolvimento.

Esperamos que os pontos de vista dos especialistas representados nesta edição de Perspectivas Econômicas ajude a estimular discussões adicionais sobre as estratégias de redução da pobreza global.

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