Trechos do pronunciamento do presidente George W. Bush em 1º de junho de 2002, na Academia Militar dos Estados Unidos em West Point, Nova York
"O mais grave risco para a liberdade está nos perigosos cruzamentos entre radicalismo e tecnologia. Quando a disseminação de armas químicas, biológicas e nucleares, juntamente com a tecnologia de mísseis balísticos - quando isso ocorre, mesmo Estados fracos e pequenos grupos podem adquirir poder catastrófico para abalar grandes nações. Nossos inimigos declararam esta intenção e foram pegos à procura dessas armas terríveis. Eles querem obter a capacidade de chantagear-nos, causar-nos dano ou causar danos aos nossos amigos - e nos oporemos a eles com toda a nossa força.
"Em grande parte do último século, a defesa dos Estados Unidos confiou nas doutrinas de intimidação e contenção da Guerra Fria. Em alguns casos, essas estratégias ainda se aplicam. Mas novas ameaças também exigem novas análises. A intimidação - promessa de retaliação maciça contra as nações - nada significa contra as nebulosas redes terroristas sem nação ou cidadãos a defender. A contenção não é possível quando ditadores desequilibrados com acesso a armas de destruição em massa podem lançar essas armas em mísseis ou fornecê-las secretamente a aliados terroristas.
"Não podemos defender os Estados Unidos e nossos amigos esperando pelo melhor. Não podemos depositar nossa fé na palavra de tiranos, que assinam solenemente tratados de não-proliferação e os rompem sistematicamente. Se aguardarmos as ameaças se materializem por completo, teremos aguardado tempo demais.
"A defesa da pátria e a defesa contra mísseis são parte da segurança mais forte e prioridades essenciais dos Estados Unidos. Ainda assim, a guerra contra o terror não será vencida na defensiva. Precisamos levar a batalha até o inimigo, destruir seus planos e enfrentar as piores ameaças antes que elas surjam. No mundo em que ingressamos, o único caminho para a segurança é o caminho da ação. E esta nação irá agir."
Nota do Editor: Esta 22ª edição da Agenda da Política Externa dos EUA discute a ameaça imposta por armas de destruição em massa, seus meios de lançamento e o desenvolvimento de nova estrutura estratégica para combater essa ameaça, através de uma série de artigos e materiais de referência de especialistas do Governo dos Estados Unidos e dos setores acadêmico e privado.
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